quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Pema da Pedra Cósmica


POEMA DA PEDRA CÓSMICA

Doce como um cordeiro,
livre como um falcão.
Tecendo a sua vida
como a aranha
tece a sua teia.

Tranqüilamente só
que a vida é solidão,
muito mais do que a morte.

Simplesmente zen
que o equilíbrio
é movimento
alimentado pelo tempo
que a tudo transforma.

Firme como uma rocha
a enfrentar tempestades;
inteira, mas dividida
em duas metades.

Pedra cósmica,
sólido equilíbrio
a cavalgar o tempo,
atravessando a vida.

Pedra cósmica,
miragem na linha do horizonte,
a dividir o que é
do que será.

Clóvis Campêlo
Recife, 1992

4 comentários:

Verônica Aroucha disse...

Lindo poema, amigo e poeta.
É o Verde da solidão, o Verde da Esperança.
Abraço grande,
Verônica

Clóvis Campêlo disse...

Amiga Verônica:
Gratíssimo pela atenção da postagem do meu poema no seu blog.
Fiquei deveras alegre e satisfeito.
Você é muito generosa.
Abraços poéticos
Clóvis Campêlo

MARIAESCREVINHADORA disse...

E a vida não passa de uma pedra cósmica. Solitária, dividida, sem nenhum equilíbrio. Ao sabor dos acontecimentos tristes ou alegres.
Belíssimo poema.
Parabéns ao poeta!
Beijo,

Conceição

G.C.A disse...

ola. gostei dos seus poemas. escrevo letras de música, além de compor musicas eletro-experimentais. e auto-entitulo de PEDRA CÓSMICA essas paradas que faço. vlw!!!