quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

FLOR DE RAMO

Esquece-me!
Escuto claro a implorar-me: Vês o peso que carrego
Mais forte do que posso suportar.
Ninguém merece um amor maldito assim; tenho uns doces,
Suaves que alegram os dias,
Como belas aves de verão.
O teu amor me persegue
E não enxergo teu rosto nesta escuridão
De onde vens?

Meu amor...
Esqueço-te!
Não consigo libertar-me desta prisão: também sinto em mim a dor desse amor infeliz – em mim, em mim.
Destrói; amor de verdade, é calmo como o sereno.
Não, não o encontrei em vida.
Um dia, descansarás sem meu amor indomável,
Incansável e sem sentido.
Esperei por tanto tempo...
Só para receber das tuas mãos sem mácula e dor
Um raminho da flor de eucalipto.

Verônica Aroucha
janeiro/2008

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

SÚPLICA


Súplica

Abra meu peito
Uma oração
Um terço,
Um lenço piedoso.

Abra meu coração...
Banha-te com meu sangue
E ferve.

Joga a rubra flor
Na Fonte dos Desejos
E torne-se realidade
A minha ânsia de desfilar...
Entre lagos.

Verônica Aroucha
Fev.2008