quinta-feira, 29 de julho de 2010

DEIXA

Deixa
Deixa-me na minha extinta rua escura
Nem um fio de cabelo pisca o teu olhar

Deixa-me nesta extinta rua
dos desamores
dos bem-te-vis
das samambaias.

Deixa-me na extinta rua dos amores
perfeitos
Como os dedos de uma criança
Brincando de navegar.

Deixa-me
Na minha extinta rua da amargura
Onde a lua esquece de pairar
Onde o Sol não aquece.

Deixa.
É apenas uma alma que sobrevoa.

Verônica aroucha

sábado, 10 de julho de 2010

Minha Forma

Deus nos deu a poesia para entrarmos na vida.

Mas que vida?

Ora, a vida que eu pego por hora

Por habitação



A vida é tão fugidia...



Ela me suga

Faz-me ter ouvidos por segundos

Posso até tocar-me

Sentir minha carne

Porque ela me reconhece

Entende meus prantos

Meus cantos tão previsíveis

boleros

Dois pra lá, dois pra cá...

Adivinha o meu riso

um Sol noturno me banha

Deus me deu a poesia

Para que um dia,

Eu adormeça feliz.



Verônica Aroucha






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