Extremo
Se eu pudesse deter a juventude dos que se foram,
A saudade que sinto dos outros que irão chegar.
De tudo que não verei...
Se eu pudesse deter – e entre mãos apertar
O sorriso
A fumaça com cheiro de arroz.
Se eu pudesse segurar o instante...
Alcançar uma estrela nova que nascerá
Uma nascente de água limpa
Que muitos irão se banhar.
Se eu pudesse alcançar a criança
Nela depositar todas as alegrias do mundo
Fazendo um balanço...
E, pegando no ar
Tudo o que me pertence.
Se eu pudesse...
Verônica Aroucha
Abril - 2009
3 comentários:
Muito belo o poema...! Leva-nos com ele...
Olhaí... Como se faz poesia com os lampejos da alma
Rsss
Parabéns
Postar um comentário