quinta-feira, 2 de abril de 2009

EXTREMO


Extremo

Se eu pudesse deter a juventude dos que se foram,
A saudade que sinto dos outros que irão chegar.

De tudo que não verei...

Se eu pudesse deter – e entre mãos apertar
O sorriso
A fumaça com cheiro de arroz.

Se eu pudesse segurar o instante...

Alcançar uma estrela nova que nascerá
Uma nascente de água limpa
Que muitos irão se banhar.

Se eu pudesse alcançar a criança
Nela depositar todas as alegrias do mundo

Fazendo um balanço...

E, pegando no ar
Tudo o que me pertence.

Se eu pudesse...

Verônica Aroucha
Abril - 2009

3 comentários:

Luciana Cavalcanti disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Luciana Cavalcanti disse...

Muito belo o poema...! Leva-nos com ele...

Ari disse...

Olhaí... Como se faz poesia com os lampejos da alma

Rsss

Parabéns