Não dei ouvidos quando me falaram que a poesia precisa ser justa. Justa de quê?De certezas, de medos, de sonhos e mentiras. Nisso acredito.Até ela, a mentira pode ser justa e cumprir o seu papel na arte de se desvendar e ficar nua.
Não dei ouvidos quando me gritaram que aquilo não era verdade.
Que os espelhos são mudos.
Que os silêncios não são clarividentes.
Duvido.
Não dei ouvidos a certeza que me faziam crer que eu não existia...Duvidaram,
como duvidaram que eu poderia beijar a lua
Tomar banho de sol em pequenos goles e te pegar pelas mãos desdenhando da loucura
Não dei ouvidos ao toque da porta, a lucidez de um banho de chuveiro com sabonete no fim
Não acreditei na justiça de um mundo sem mim...
Acompanhei a mentira passo a passo sem duvidar jamais dessa verdade existente: Que o amor pode ser perfeito mesmo imperfeito sejamos nós
Como eu acreditei.
A poesia não precisa ser justa e nem explicável
Ela só precisa Ser
Um manto branco
Verônica aroucha
4 comentários:
Mulher da ilha é solidão
É espera do vapor da madrugada
É aroma de milho em mesa de pão
É pio de milhafre, alma assombrada
Mãe em ninho feito de frias pedras
Por duras mãos cheias de jeito
Não sei se de ti brota um morno leite
Ou escorre rubra lava do teu peito
Uma Santa Páscoa
Terno beijo
Hoje não vou falar de amor
Hoje tenho saudade de canções
De uma voz perdida no tempo
Que me ensinou o sonho, as emoções
Hoje senti saudades da minha rua
Da casa fria e quente da ternura
Do cheiro a lenha, pão amassado
Dos abraços tidos de forma tão pura
Hoje convido-te a saberes um pouco de mim
Um resto de boa semana
Terno beijo
Bonito, Verônica.
gostei.
um beijo,
martha
Cara Verônica,
convidado pelo Clóvis Campêlo, visitei seu blog. excelentes textos. parabéns.
abraço,
Pedro Du Bois
ps: incluí seu email entre os destinatários dos meus poemas semanais, espero que não se aborreça por isso.
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