Esquece-me!
Escuto claro a implorar-me: Vês o peso que carrego
Mais forte do que posso suportar.
Ninguém merece um amor maldito assim; tenho uns doces,
Suaves que alegram os dias,
Como belas aves de verão.
O teu amor me persegue
E não enxergo teu rosto nesta escuridão
De onde vens?
Meu amor...
Esqueço-te!
Não consigo libertar-me desta prisão: também sinto em mim a dor desse amor infeliz – em mim, em mim.
Destrói; amor de verdade, é calmo como o sereno.
Não, não o encontrei em vida.
Um dia, descansarás sem meu amor indomável,
Incansável e sem sentido.
Esperei por tanto tempo...
Só para receber das tuas mãos sem mácula e dor
Um raminho da flor de eucalipto.
Verônica Aroucha
janeiro/2008